11 de dezembro de 2009

machines

E se a máquina falha não foi ela que falhou. Foi o Homem quem a criou.

E o Homem falha porque pensa e porque sente e porque vive.


A máquina não falha. Se falha é porque o criador a deixou falhar. Não a preparou para o êxito total. Se o Homem a cria com falhas, ela irá falhar. Se a cria, dotado de toda a supremacia e omnisciência sobre ela, sem qualquer absoluto cálculo errado, então não falha.


A máquina não ama nem é feliz. Se disser que ama e que é feliz, é porque alguém a fez para artificialmente o dizer. Dizer que ama e que desfruta da vida.
Mas dizer…

Dizer?
Palavras nem sempre bastam. Bastam para as máquinas que não sentem os sons e as letras e as frases. Só as decoram, codificam ou descodificam e programam.

Dizer?
Diz-se muito e demais. Fala-se tanto mas conversa-se tão pouco.
As máquinas não conversam. Falam. Dizem. Criam utilidade.
Mas não sentem, não amam nem conversam.


Porque se sentissem, conversassem ou amassem era certamente humanos. Porque só o Homem ama.
Cria. Destrói. Ama. Odeia. Glorifica. Derruba. Sente. Esquece. Aproveita. E falha.


O Homem cria as suas máquinas e com elas, se estas falham, cria as falhas delas. Mas as falhas que cria, são conhecimento. São erros mas saber futuro.
Quando se erra já se sabe que o caminho não é por ali.

Cria-se e erra-se. E tem-se consciência do que se é.
O Homem cria e ama a criação que saiu de si. Orgulha-se e felicita-se. E vive com os outros e ás vezes para os outros.




Se falha foi porque tentou.
Porque quem não tenta não falha
nem alcança nada.

AnaCatarina.

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