22 de março de 2009

O momento certo'


Ás vezes não agimos da maneira que gostaríamos a fim de alcançar dados objectivos.
Tudo o que planeámos, que previmos, que desejámos que se passasse de certa forma acaba por não correr do jeito que queríamos... E dizem (há sempre alguém), que talvez não fosse o dia mais oportuno, no local mais conveniente, com os adereços mais favoráveis. Enfim, não era o momento certo!

Mas quando é que é o momento certo afinal?

O momento certo é certo de maneira impulsiva, quando proferimos o que queremos assim que pensamos, no calor da emoção, sem reflexões. Talvez seja o momento mais sentido, mais puro, pois não foi nada planeado. Mas será o mais certo? Sem pensar antes, aquilo que podemos fazer ou dizer, poderá não atingir os objectivos que pretendemos.

O momento certo é certo de maneira sensata, quando pensamos muito bem nas palavras adequadas e nos gestos que vamos utilizar, quando reflectimos sobre o local certo, quando planificamos tudo certo, para que nada possa correr de outra maneira além da que planeámos. Talvez seja o mais sensato, o mais justo e eficaz, o mais certinho e bonito. Mas será o mais certo? Até que ponto a nossa planificação não tirará o brilho ao momento certo?

O momento certo é certo de maneira acertada, quando atingimos as certezas das emoções, as certezas dos objectivos, as certezas dos amores e dos ódios, das finalidades e dos meios... O momento certo é o melhor momento quando é feito de maneira pura e verdadeira.

O melhor momento para se dizer algo importante será sempre quando estivermos certos do que queremos e do que sentimos. Sem demoras ou adiantamentos, sem atrasos ou precipitações, sem chegar tarde de mais ou assustar. O momento certo é aquele que nos leva a um ponto bem mais perto da felicidade. É aquele que se sente no coração e que nos permite alcançar.
Se estamos seguros do que sentimos, então o momento certo será todo o que vier depois das certezas até ao ponto em que deixarmos de agir por receio.

Quem sabe quando é o momento certo para a coisa mais certa?
Eu não sei, mas talvez seja o momento certo para pensar nisso. *

6 de março de 2009

Seriedade


Havia uma escada bonita ali, escondida... Era a escada que ele utilizava quando queria viver a sua vida, quando queria gozar a sua idade e a inocência que esta lhe conferia, quando queria sorrir...

Lá em baixo, onde ele vivia, no meio dos adultos, tudo era sério e ele sabia que não gostava de coisas sérias.

As conversas de adultos eram sérias e por isso ele nunca as podia escutar, as vidas dos adultos eram sérias e por isso ele não as podia atrapalhar, os adultos eram sérios e por isso ele não podia brincar com eles...

Era sempre complicado, dificil e impossível. Mas aqueles olhos verdes e brilhantes não viam assim o mundo. Pra eles era tudo simples e não enetendiam porque toda a gente, principalmente os mais sérios diziam sempre que era difícil, que não podia ser... Todos deixavam escapar as oportunidades porque era complicado tomar certas opções, todos deixavam de ser felizes apenas porque eram demasiado sérios e adultos para se deixarem levar.

Estavam sempre cansados e ocupados para brincar, sempre cansados e ocupados demais para serem felizes e estavam sempre excessivamente sérios.

Mas ele era pequeno e só queria ser feliz! E sabia que podia sê-lo.
Então, subia a escadinha e sonhava.
E sabia que quando fosse grande não seria sério nem diria que não. Saberia viver e dizer sim à felicidade.

AC'

[Um beijinho à Dona Ana que vem aqui ler os textos do blog! Obrigada!]